Foram vários os contactos que fizemos esta semana a especialistas, portugueses e estrangeiros, no sentido de nos darem feedback acerca da nossa proposta de valor. Ficam os primeiros resultados:
A Dr.ª Maria João Lobato, da Associação Infante Sagres, agendou amavelmente uma reunião connosco para a semana.
A Dr.ª Margarida Figueiredo, Professora/ Coordenadora do Projeto PIEF, e uma das coordenadoras do Projeto "Entre Gerações", respondeu gentilmente ao questionário que lhe enviámos. O nosso obrigado!
We contacted several portuguese and foreign experts this week in order to get feedback about our value proposition. These are the first results:
Maria João Lobato, from Associação Infante Sagres, has gently agreed to have a meeting with us next week.
Margarida Figueiredo, Teacher and Coordinator of Projets PEIF and "Entre Gerações" has gently answered to some of our questions. We are very grateful!
Testemunho da Dr.ª Margarida Figueiredo:
Considero como fator crítico alguma
resistência que possa existir por parte de alguns jovens .Segundo a minha
opinião, deverá existir muita sensibilização prévia de forma a conseguir
concretizar com sucesso os objetivos destes projetos.
Penso que
os aspetos positivos são muitos: o quebrar barreiras geracionais, eliminar
preconceitos e vencer discriminações. Ajuda também a promover
uma educação para os valores, em ações conjuntas no âmbito da solidariedade,
fomentando o espírito de partilha e cooperação.
Seria muito importante [uma plataforma online], porque
poderia servir de exemplo e ponto de reflexão para outros projetos. Será também uma forma de realçar a importância
dos avós e encontros intergeracionais, que se têm vindo a perder com a evolução
das tecnologias. Por exemplo, aquelas histórias que os avós contavam e que
deliciavam o fim do dia de qualquer criança, passaram a ser desvalorizadas em
detrimento de um jogo, numa consola ou computador. Estes momentos entre os avós
e crianças constituem um fator positivo no seu desenvolvimento, fomentando não
só a partilha como um leque de valores, entre os quais o respeito e a
tolerância.
Penso, como referi atrás, que não
existem aspetos negativos, se for feita uma correta sensibilização dos
intervenientes.
Penso que todo o trabalho
desenvolvido deve culminar numa apresentação à comunidade, de forma a ser
valorizado.
Sou professora num Lar de Infância e
Juventude Especializado, que acolhe jovens entre os 12 e os 18 anos com problemas
comportamentais. Desde o ano lectivo anterior, desenvolvo com eles um projeto intergeracional,
com o Centro de dia da aldeia. A importância deste projeto prende-se com
aquisição de competências nos jovens, de respeito, espírito de solidariedade e
troca de saberes. Estes mesmos jovens chegam à Instituição desprovidos de
ligações familiares consistentes e valorizam pouco a família que nunca os
acarinhou. A ligação com os idosos cria neles com o tempo uma ligação muito
próxima e acabam por verificar que o carinho existe ali. O trabalho é
desenvolvido num espírito de entreajuda e troca de experiências em Ateliers
diversos e ao longo do ano. Criam-se laços muito fortes entre os intervenientes.
Ao longo do ano, os jovens participam ainda, noutras atividades e momentos de
Centro de dia como: a realização da árvore de Natal e presépio, Comemoração do
Dia do Idoso, confeção de filhoses e compotas.
No final do ano lectivo realiza-se um
encontro de economia social e solidariedade, aberto à comunidade com momentos
de toda a natureza: culturais, divertimento e venda dos trabalhos realizados ao
longo do ano. O produto obtido é aplicado num banco de ajudas técnicas para o
Centro de Dia.
Agora, resta-nos refletir sobre as questões levantadas por alguém com tanta experiência na área!
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