sexta-feira, 11 de maio de 2012

Entrevistas a especialistas

Foram vários os contactos que fizemos esta semana a especialistas, portugueses e estrangeiros, no sentido de nos darem feedback acerca da nossa proposta de valor. Ficam os primeiros resultados:
A Dr.ª Maria João Lobato, da Associação Infante Sagres, agendou amavelmente uma reunião connosco para a semana. 
A Dr.ª Margarida Figueiredo,  Professora/ Coordenadora do Projeto PIEF, e uma das coordenadoras do Projeto "Entre Gerações", respondeu gentilmente ao questionário que lhe enviámos. O nosso obrigado!

We contacted several portuguese and foreign experts this week in order to get feedback about our value proposition. These are the first results:
Maria João Lobato, from Associação Infante Sagres, has gently agreed to have a meeting with us next week.
Margarida Figueiredo, Teacher and Coordinator of Projets PEIF and "Entre Gerações" has gently answered to some of our questions. We are very grateful!

Testemunho da Dr.ª Margarida Figueiredo:
Considero como fator crítico alguma resistência que possa existir por parte de alguns jovens .Segundo a minha opinião, deverá existir muita sensibilização prévia de forma a conseguir concretizar com sucesso os objetivos destes projetos.

Penso que os aspetos positivos são muitos: o quebrar barreiras geracionais, eliminar preconceitos e vencer discriminações. Ajuda também a promover uma educação para os valores, em ações conjuntas no âmbito da solidariedade, fomentando o espírito de partilha e cooperação.

Seria muito importante [uma plataforma online], porque poderia servir de exemplo e ponto de reflexão para outros projetos. Será também uma forma de realçar a importância dos avós e encontros intergeracionais, que se têm vindo a perder com a evolução das tecnologias. Por exemplo, aquelas histórias que os avós contavam e que deliciavam o fim do dia de qualquer criança, passaram a ser desvalorizadas em detrimento de um jogo, numa consola ou computador. Estes momentos entre os avós e crianças constituem um fator positivo no seu desenvolvimento, fomentando não só a partilha como um leque de valores, entre os quais o respeito e a tolerância.

Penso, como referi atrás, que não existem aspetos negativos, se for feita uma correta sensibilização dos intervenientes.
Penso que todo o trabalho desenvolvido deve culminar numa apresentação à comunidade, de forma a ser valorizado.

Sou professora num Lar de Infância e Juventude Especializado, que acolhe jovens entre os 12 e os 18 anos com problemas comportamentais. Desde o ano lectivo anterior, desenvolvo com eles um projeto intergeracional, com o Centro de dia da aldeia. A importância deste projeto prende-se com aquisição de competências nos jovens, de respeito, espírito de solidariedade e troca de saberes. Estes mesmos jovens chegam à Instituição desprovidos de ligações familiares consistentes e valorizam pouco a família que nunca os acarinhou. A ligação com os idosos cria neles com o tempo uma ligação muito próxima e acabam por verificar que o carinho existe ali. O trabalho é desenvolvido num espírito de entreajuda e troca de experiências em Ateliers diversos e ao longo do ano. Criam-se laços muito fortes entre os intervenientes. Ao longo do ano, os jovens participam ainda, noutras atividades e momentos de Centro de dia como: a realização da árvore de Natal e presépio, Comemoração do Dia do Idoso, confeção de filhoses e compotas.
No final do ano lectivo realiza-se um encontro de economia social e solidariedade, aberto à comunidade com momentos de toda a natureza: culturais, divertimento e venda dos trabalhos realizados ao longo do ano. O produto obtido é aplicado num banco de ajudas técnicas para o Centro de Dia.

Agora, resta-nos refletir sobre as questões levantadas por alguém com tanta experiência na área! 

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